Incentivando a Educação



A leitura traz ao homem plenitude, o discurso segurança e a escrita precisão
A leitura e escrita são essenciais para o crescimento intelectual. Assim como o conhecimento, a leitura e a escrita vão evoluindo ao longo do tempo e estão sempre em mudança, logo, em seu início elas eram totalmente diferentes do nosso habitual. Prova disso é que a escrita nasceu há pouco menos de 5000 mil anos na Suméria sendo formada apenas por traços em pedaços de barro e atualmente ela já chega a um nível em que computadores criam sozinhos sua própria linguagem para se comunicar entre si e a espalham em questão de segundos para o mundo todo. Dessa forma, pode-se notar sua importância não só no âmbito intelectual, mas também que ela é à base de toda a ponte para uma nova tecnologia.
O ato de registrar momentos não é uma necessidade nova do ser humano. Na verdade, é um feito que ocorre há mais de 30 mil anos. As pinturas rupestres estão aqui desde a era paleolítica superior. Ou seja, o individuo já possui a capacidade e o dever de fichar os acontecimentos do seu dia a dia, e de se comunicar através de símbolos antes mesmo de conseguir se comunicar verbalmente. Acresce a isso que, a necessidade é o principio da criação de toda tecnologia, a partir do momento em que se é preciso ter algo para garantir uma mobilidade - seja urbana ou social – o ser humano cria algo novo. Com a escrita não foi diferente, em 3100 a.C. Na Suméria, diante da necessidade de vendedores de ovelhas em registrar suas vendas ou trocas, criou-se uma forma de comunicação através de um ou mais pedaços de argila com linhas que serviam de comprovação do ato de compra, venda ou troca. Através desses traços, foram se criando símbolos que se tornaram a escrita cuneiforme, e depois se transformou nos hieróglifos, até futuramente se tornar o alfabeto. E, posteriormente à leitura como conhecemos hoje.
Deve-se ressaltar que a leitura é o hábito que modifica vidas, melhora a situação de diversos indivíduos, é o bem necessário para um crescimento intelectual e salva o homem da boçalidade primitiva. Apesar de que a definição para conhecimento é subjetiva, afinal, há muito conhecimento que não se aprende em livros, entretanto, em maioria podemos afirmar que dificilmente alguém conseguirá, hoje, obter conhecimento erudito sem ter uma base na leitura e escrita. Para se ressaltar esse ponto, deve-se falar primeiramente em como o incentivo a leitura e a escrita na infância podem gerar lucros que duram a vida toda. Dessa forma, a escola primaria deve ter o papel de estimular e acostumar à mente da criança para a leitura e futuramente para a escrita. Contudo, esse hábito deve ser iniciado de forma inteligente, não simplesmente “obrigar” a criança para ler algo que ela não conhece e nem se quer tem interesse. Essa prática precisa ser fomentada com algo que vá prender atenção desse pequeno estudante e para isso ocorrer, o professor precisa ter técnicas para e conhecimento sobre dos alunos que tem. Ela precisa ser estimulada, deixando o aluno confortável com a leitura para que no futuro ela não tenha o papel apenas de ditar exatamente o que o indivíduo deve saber sem espaços para outras interpretações, pois a educação não pode estar vinculada com a leitura apenas com esse pensamento. Assim, papel da educação, para Gadotti, “não pode ser confundido apenas com sua ligação fundamental e intrínseca com o conhecimento e, muito menos, com a pura transmissão de informações. Educação no mundo globalizado tem função menos lecionadora e mais organizadora do conhecimento”.
Chegando ao ponto brasileiro na leitura, segundo o portal de notícias “Estadão” o Brasil não é um país de leitores, tem uma média de 4 livros por ano, 44% da população não lê e mais de 30% nunca comprou um livro. Esses dados afirmam que além da falta de tempo devido à rotina frenética do dia a dia, o maior motivo pela não procura por livros, é a falta de incentivo, seja pela família ou amigos, mas principalmente pela escola. A falta desse incentivo na infância atrapalha muito o futuro do indivíduo, principalmente no âmbito acadêmico. Grande parte dos universitários ao entrarem na faculdade não tem o devido preparo, pois não receberam no ensino médio. Essa falta de preparo faz com que eles tenham que procurar outra forma para conseguir esse conhecimento, seja em cursos preparatórios ou na internet. E a falta de leitura dificulta todo este processo.
Diante dos fatos analisados, pode-se afirmar que uma base para a sociedade começar a ter um número maior de leitores, é estimulando as crianças a esse feito e para cultivar o hábito da leitura nas crianças é preciso que a família e a escola trabalhem juntas. Hoje, existem obras de diversos tipos e gêneros que podem agradar até o mais incrédulo dos leitores. Além disso, o investimento financeiro e intelectual na educação pública é de extrema necessidade para mudar esse quadro imediatamente, dando o preparo necessário para os futuros universitários entrarem nesse novo universo sabendo lidar com o que será mostrado a eles.

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